5 dicas de como
não ser um babaca
Vocês sabiam que o machismo também afeta os homens? Bom, chegou a hora da gente dar atenção para esse assunto muito evitado, mas que infelizmente influencia nas nossas relações. De um jeito simples e descomplicado, listamos algumas dicas de como não ser um babaca, em outras palavras, como deixar a masculinidade tóxica de lado.
O sexo é um tabu para muitas meninas, resquícios da educação patriarcal (kkkrying), mas para os meninos é diferente. Eles são encorajados a transar o tempo todo, a ter várias relações e a não demonstrarem sentimentos. Mas mano, não dá mais pra ter esse tipo de comportamento, os tempos mudaram e a responsabilidade masculina precisa ser apontada.
Então, se liga nessas 5 dicas:
respeite, sempre!
Parece meio óbvio, mas é importante lembrar que NÃO É NÃO! Independente da pessoa que você estiver se relacionando, seja homem ou mulher, se ela pedir para parar, PARE. Se ela não quiser, NÃO force a barra. Se ela te der um fora, apenas ACEITE. Estamos falando aqui de algo básico: respeito. Toda relação, principalmente quando tem sexo envolvido, a gente deve se atentar ao limite do outro. Por ainda crescermos em uma sociedade machista, é comum ouvir coisas do tipo: “homem precisa se impor”, “elas dizem não, mas querem falar sim”, só que esse papo é mó ideia errada. Para ter uma relação segura e saudável, basta se atentar ao que a sua parceira (ou parceiro) está querendo e respeitar suas vontades. Não é bem mais simples do que parece?
OBS: deixem o ego frágil de lado!! Os caras parecem que não aceitam levar um fora e quando levam já querem logo desmerecer a mulherada. Isso é papo de vacilão, sai fora dessa e respeita as minas!
converse
Tudo bem ter dúvidas, questionamentos, inseguranças, afinal todo mundo tem. Nessas situações, a melhor saída é conversar, e acredite, uma boa conversa pode te privar de momentos constrangedores no futuro. Busque alguém com quem você se sinta confortável e fale sem se preocupar com os julgamentos. Nós já te ensinamos a melhor maneira de ter esse diálogo na cartilha Precisamos ter aquela conversa, confere lá!
Nessa dica vale de tudo, falar sobre sentimentos, sobre sexo, sobre seus medos, o que importa é fugir daquela ideia de que o homem é “sabichão” e não pode baixar a guarda. Relaxa, seja humilde e assuma suas fragilidades, pedir ajuda faz parte do processo. Muitas vezes pode parecer difícil e até incômodo, mas confia que depois vale a pena. É nesses pequenos detalhes, como ter dificuldade de se expor numa conversa, que conseguimos enxergar como o machismo também pode reprimir a sexualidade masculina. Por isso, fique sempre disposto a questionar seus comportamentos e a mudá-los.
Confira a outra cartilha
pare de achar que
sabe tudo sobre sexo
Às vezes você tá aí, se sentindo o sexólogo, a versão masculina da Laura Müller, mas não sabe onde fica o clitóris, não sabe que o xixi e a menstruação saem por lugares diferentes e nem que o espermatozoide fica armazenado no testículo. Pois bem, sexo não é só o ato em si, você tem que entender como as coisas de fato funcionam, e para isso é preciso se atentar as particularidades de cada corpo. Afinal, antes de qualquer prova prática a gente estuda a teoria né?
Mas todo mundo quer se dar bem nessa prova, então vale voltar lá na nossa primeira cartilha, Nos bastidores da Reprodução, e dar uma olhadinha em como funcionam os sistemas reprodutores feminino e masculino.
Confira a outra cartilha
virgindade não
é um problema
Sempre rola aquela pressão para os meninos perderem logo a virgindade, parece uma busca sem sentido para afirmar a masculinidade. Só que no meio dessa pressa toda, algumas coisas ficam perdidas, como: será mesmo que você quer perder a virgindade? Essa é uma escolha que só cabe a você e ninguém deve interferir. Então, não dê ouvidos a palpites alheios, você não é menos homem por não ter transado, cada um sabe o seu tempo e deve respeitá-lo. Mas esse assunto não termina por aqui, vocês podem recorrer ao Manual de Sobrevivência da Primeira Vez e descobrirem tudo sobre a tão falada primeira vez.
E para aqueles que gostam de cuidar da virgindade alheia, tá se cuidando igual toma conta da vida dos outros? Isso não vai te levar a lugar nenhum, só vai mostrar o quão ultrapassado e sem noção você tá sendo ao cobrar algo tão particular dos outros. Século XXI galera, não dá mais pra reproduzir esse tipo de comportamento que só serve pra deixar o outro constrangido.
Confira o manual
não deixe passar
frases machistas no
seu grupo de amigos
É muito legal se dizer anti-machista, mas na hora de repreender o coleguinha que falou besteira ficar quietinho ou até rir da piada (que não é piada). Bom, é justamente nesses momentos que vocês precisam falar, dar um toque ou até mesmo um esporro, só não pode deixar passar batido. São frases como:
“ontem comi fulana”
“camisinha não dá, incomoda”
“muito gostosa, deve ser boa na cama”
“fulano ainda é virgem? É viado com certeza”
Elas ajudam a objetificar as mulheres e a reproduzir estereótipos preconceituosos. Sem contar que essa da camisinha é um clássico do mundo machista. Não vamos esquecer que a responsabilidade da proteção é dos dois, então não fuja da sua. Por mais que comentários desse tipo ainda sejam comuns, você pode e deve ter a responsabilidade de educar o amigo. Aproveite e comece agora mesmo, espalhando essas dicas por todos os grupos possíveis.
Chegamos ao fim de mais um conteúdo, mas não se limite a essas dicas, a masculinidade tóxica não vai acabar do dia pra noite. É uma prática diária. Antes de falar algo, pense se isso iria ofender alguém, antes de insistir numa situação, respeite o NÃO, e antes de fazer sexo, converse para ter certeza da sua escolha.
Referências
MANUS, Ruth. O quanto o machismo também reprime os homens. Estadão, 06 abr, 2016. Disponível em:
https://emais.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/o-quanto-o-machismo-tambem-reprime-os-homens/
STEVANIM, Luiz Felipe. O machismo fragiliza todo mundo. FIOCRUZ, 01 nov, 2019. Disponível em: https://radis.ensp.fiocruz.br/index.php/home/entrevista/o-machismo-fragiliza-todo-mundo
O #ProntosPraEssaConversa é uma campanha de prevenção da gravidez na adolescência desenvolvida pelo Laboratório de Comunicação Publicitária Aplicada à Saúde e à Sociedade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Compasso - UFRJ).
