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Saiba por que educação sexual vai muito além de sistemas reprodutores

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Após 9 cartilhas com muito conteúdo legal e informativo, chegamos à nossa última :( Mas calma, não precisa chorar, vamos fazer um remember de tudo que já foi apresentado anteriormente e reforçar, de uma vez por todas, por que a educação sexual DEVE ser abordada nas escolas.

 

Quando se fala de sexo dentro das escolas, quase sempre é para explicar como acontece a fecundação. Sabe aquela parte do livro de biologia que tem uma foto de uma vagina e os meninos começam a zoar quando o professor fala “pênis”?

Então, esse momento. Mas educação sexual não é só isso, para além do sistema reprodutor, questões psicológicas, culturais e sociais também precisam ser discutidas. Então, se liga aqui que trouxemos pontos importantes pra vocês levarem aos responsáveis e reivindicarem o direito de falar sobre SEXO COM SEGURANÇA. 

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É muito importante fazer com que os jovens se sintam confiantes e seguros de si para saberem reconhecer seus limites e os limites dos outros. Para isso, as escolas precisam entender que é necessário criar um projeto voltado para a educação sexual e que esse seja um espaço aberto para debate e conversas. Temas como machismo, responsabilidade emocional e empoderamento feminino são fundamentais para criar autonomia nas escolhas de cada um.

 

Nesse momento, situações recorrentes nos relacionamentos precisam ser levantadas, como a insistência da prática sexual quando o parceiro não quer usar camisinha, ou o incentivo para os meninos transarem logo. Os jovens precisam ter o conhecimento de que podem e devem falar NÃO se estiverem em situações que não se sintam confortáveis.

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É bizarro como as pessoas realmente acham que coito interrompido funciona ou que saliva é lubrificante. Bom, espero que você não tenha caído numa fake news dessas, mas é fato que há vários mitos e informações erradas quando o assunto é sexo.

 

Muita gente procura se informar pela internet, com os colegas e até mesmo com pornô! Essas fontes podem ser bem controversas e só gerarem mais confusão na cabeça do pessoal. Então sai dessa! Inclusive, apontamos isso na cartilha "desmistificando o pornô”, clique aqui e confira.

 

Na escola, é onde aprendemos matemática básica, sociologia e esportes, então por que não aprender a se cuidar adequadamente quando o assunto for sexo? 

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O machismo e a homofobia são alguns dos vilões aqui. Falar sobre sexo é um tabu para muitos, e isso vem da construção de um pensamento totalmente patriarcal. Esse pensamento coloca os homens como seres superiores. Consequentemente, as mulheres são privadas do debate sobre o prazer sexual e os homens são vistos como obrigados a sentirem esse prazer o tempo todo.

 

Dentro dessa lógica, não se discute sexualidade e os temas são majoritariamente heteronormativos, o que afasta a comunidade LGBTQIA+ da conversa. É onde entram aquelas frases clássicas e problemáticas: “Ainda é virgem? É viado com certeza” ou “Ela é maior piranha, já deu pra vários”.

 

Além desses problemas,  existe o preconceito com diferentes tipos de corpos, que é reforçado pela ideia fantasiosa de corpo perfeito passada no pornô. Quando a educação sexual é ensinada nas escolas, deve-se atentar aos fatores também psicológicos e sociais que afetam tragicamente o convívio da galera. Esse período escolar pode ser um porre por conta do bullying e da discriminação, por isso os educadores têm um papel forte como responsáveis na promoção da igualdade e do respeito entre os jovens.  

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Uma das principais razões para se falar de sexo nas escolas é previnir possíveis casos de abuso sexual, gravidez na adolescência e surtos de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Esses são problemas recorrentes em nossa sociedade e, quando aparecem, são evitados.

 

Mas eles podem (e devem) ser tratados com a devida atenção e responsabilidade, desde que possam ser discutidos com os jovens dentro de um ambiente seguro. Aqui cabe ensinar a diferenciar toques de afeto de toques abusivos, alertando que ninguém tem permissão de te tocar alguém sem consentimento e orientando sobre como, em casos de abuso, a vítima pode pedir ajuda.

 

Muita gente nem conhece os tipos de assédio existentes, ou como reconhecê-los (para saber mais sobre, clique aqui e confira a cartilha “O que é assédio?”). Não sabem que camisinha é o único método que previne gravidez e ISTs ao mesmo tempo e que elas podem ser encontradas de graça no SUS (para saber mais sobre métodos contraceptivos, clique aqui e confira a cartilha “Além da camisinha”). São esses e outros déficits no conhecimento que as instituições educacionais podem reverter ao tratarem a educação sexual como prioridade.

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Nem só de matemática e física vive uma escola (desculpa galera de exatas), mas o ensino também pode se estender a temáticas sociais e até jurídicas. O acesso aos nossos direitos e deveres como cidadãos precisam estar presentes em nossa formação educacional.

 

Isso evita muitos problemas futuros, como comportamentos preconceituosos, abusivos e violentos. Trazendo a educação sexual, ao abordar esses temas para a conversa, o conteúdo ficaria mais completo e ajudaria no entendimento de que sexo não é só pegação e que depende de muita responsabilidade. Afinal é isso que todos nós queremos, né? Conscientizar para que todos tenham mais segurança e se sintam menos reprimidos.

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Ué, desde quando falar sobre sexo vai previnir de fazer? Desde sempre! Por essa você não esperava, mas sim, quando você instrui alguém sobre um assunto, a pessoa se sente mais apta a tomar suas próprias decisões. Até mesmo a decisão de que não está pronto para ter relações sexuais naquele momento!

 

Até porque já fomos adolescentes e sabemos que o proibido dá aquela emoção a mais, você se sente rebelde e destemido. Porém, com a devida orientação, cada um vai entender se está de fato preparado ou não, se já está na hora ou se só estava pensando em fazer por pressão externa e falta de informação.

 

Então, já passou da hora de evitar, fugir ou fingir que sexo não existe, né? Ao invés de seguir essa onda negacionista, que tal educar e, principalmente, conversar de forma simples com a galera?

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E chegamos ao fim da última cartilha da campanha #ProntosPraEssaConversa. Ao todo, foram 10 conteúdos super maneiros e completos para ajudar vocês a lidarem com a loucura que é a adolescência. Mas o nosso papel não termina por aqui, agora precisamos mais do que nunca que vocês continuem levando o que aprenderam mundo a fora, ou melhor, escola a fora. Falem com os diretores, coordenadores e professores e mostrem que vocês estão prontos para essa conversa! 

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Referências

EDUCAMUNDO, Equipe. A importância da educação sexual a crianças e adolescentes na escola. Educamundo: Educação sem fronteiras. 18 fev. 2019. Disponível em: <https://www.educamundo.com.br/blog/educacao-sexual-infantil>. Acesso em: 10 jul. 2021.

 

EDUCAÇÃO, Laboratório de. Como e por que abordar educação sexual nas escolas? Disponível em: <https://labedu.org.br/como-por-que-educacao-sexual-escolas/>. Acesso em: 10 jul. 2021.

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O #ProntosPraEssaConversa é uma campanha de prevenção da gravidez na adolescência desenvolvida pelo Laboratório de Comunicação Publicitária Aplicada à Saúde e à Sociedade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Compasso - UFRJ).

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